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O CONFUSO CARÁTER DIVINO -
- 11/03/2003 -
“Ou Deus quer impedir o mal e não pode, ou pode e não
quer, ou não pode nem quer, ou quer e pode. Se quer e não pode, é impotente; se
pode e não quer, é perverso; se não pode e nem quer, é impotente e perverso; se
quer e pode, por que não o faz ?” (Epicuro - 341 anos a.C. ). A própria
Bíblia apresenta um deus perverso; mas ela mesma o mostra falso.
O ONIPOTENTE E ONISCIENTE
“...eu sou Deus, e não há outro; eu sou Deus, e não há outro
semelhante a mim; que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antigüidade
as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho subsistirá, e
farei toda a minha vontade” (Isaías, 46: 9, 10). Aí está um deus onipotente, que
faz tudo, nada sucedendo contra a sua vontade.
DEUS DO BEM E DO MAL
“Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu sou o
Senhor, que faço todas estas coisas. (Isaías, 45: 7). Aí está o deus sádico,
perverso, que se compraz em criar o mal. Tudo de ruim que você vê é também a
vontade dele. Não se mostra aquele “justo” e “bom”.
NÃO DÁ IMPORTÂNCIA Á SUA CRIATURA
“E todos os moradores da terra são reputados em nada; e segundo a sua vontade
ele opera no exército do céu e entre os moradores da terra; não há quem lhe
possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?” (Daniel, 4: 35). Não temos nenhuma
importância diante dele.
O SADISMO DIVINO
“Disse ainda o Senhor a Moisés: Quando voltares ao Egito, vê que faças diante de
Faraó todas as maravilhas que tenho posto na tua mão; mas eu endurecerei o
seu coração, e ele não deixará ir o povo” (Êxodo, 4: 21). “Então disseram os
magos a Faraó: Isto é o dedo de Deus. No entanto o coração de Faraó se
endureceu, e não os ouvia, como o Senhor tinha dito. (Êxodo, 8: 19). “Mas o
Senhor endureceu o coração de Faraó, e este não os ouviu, como o Senhor tinha
dito a Moisés” (Êxodo, 9: 12).. Aí está agindo o deus sádico. Não era o
faraó que queria fazer a maldade, mas o deus dos hebreus que fez com que ele
perpetrasse o mal.
“Mas Siom, rei de Hesbom, não nos quis deixar passar por sua terra, porquanto
o Senhor teu Deus lhe endurecera o espírito, e lhe fizera obstinado o coração,
para to entregar nas mãos, como hoje se vê” (Deuteronômio: 2: 30) Mais um
que se comportou mal pela vontade do deus que lhe desejou a desgraça.
“Porquanto do Senhor veio o endurecimento dos seus corações para saírem à
guerra contra Israel, a fim de que fossem destruídos totalmente, e não achassem
piedade alguma, mas fossem exterminados, como o Senhor tinha ordenado a Moisés”
(Josué, 11: 20). Mais uma vez, o mal procedente da vontade do todo-poderoso, que
cria “o mal”.
“Naquele tempo falou Jesus, dizendo: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da
terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos
pequeninos” (Mateus, 11: 25). Mais uma vez, vemos o deus conduzindo os fatos
em prejuízo de alguém.
Os versículos acima apresenta um deus conforme a segunda alternativa de Epicuro.
Pode impedir o mal e “não quer”, ou seja, é “perverso”. Ninguém tem culpa do
mal que faz, porque é Deus que quer assim. Ele se compraz em endurecer os
corações dos homens, para depois castigá-los.
ELES SE ARREPENDE
Apesar de toda alardeada onisciência e
todo esse sadismo divino registrado nas escrituras sagradas, analisando toda a estória bíblica, podemos vê-lo diferente.
Ele até se arrependia do mal que fazia.
Vejamos:
“Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem na terra, e isso lhe pesou
no coração” (Gênesis, 6:6); “E o Senhor se arrependeu de haver posto a Saul rei
sobre Israel” (I Samuel, 15:35).
Se assim foi, ele não parece saber o fim desde o princípio nem conduzir tudo
exatamente conforme a própria vontade. Quem se arrepende o faz por não ter
previsto o resultado do próprio feito. Ele não tem o total controle das coisas e
acontece algo que ele não previu. Não é um deus verdadeiro, porque se gaba de
saber tudo antes de acontecer, mas as coisas podem acontecer contra a sua
vontade e ele se arrepender. Não é bom, porque cria o mal. Não é justo, porque
castiga o filho por causa da maldade do pai. Ao final, o seu caráter é
extremamente confuso.
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